Oscilo entre raiva e saudade
Recordo-me de tudo o que fizeste de mau
És podre, cruel, manipulador.
Recordo-me do que fizeste de bom
És forte, doce, protector.
Mas o tempo passa e a dor não passa
A tua ausência é uma lâmina
A tua lembrança é um veneno
A tua presença é um vício
Sei que te posso ter quando quiser
Mas não como quiser, e por isso não quero.
Nunca vi a vida preto no branco
Mas pela primeira vez acredito no tudo ou nada...
Nada será...
Saturday, October 16, 2010
Thursday, October 14, 2010
Tu
Corta-me a alma saber que é para nunca mais
Rasga-me ouvir a doçura da tua voz, das tuas palavras,
que não voltarei a ouvir sussurradas ao meu ouvido.
Dói-me imaginar o futuro sem a tua presença
Sem voltar a sentir a tua força
Envolvida nas tuas certezas.
As lágrimas e o sangue por nós trocados,
não passam agora de memórias, que, como tudo o resto
o tempo há-de curar.
Rasga-me ouvir a doçura da tua voz, das tuas palavras,
que não voltarei a ouvir sussurradas ao meu ouvido.
Dói-me imaginar o futuro sem a tua presença
Sem voltar a sentir a tua força
Envolvida nas tuas certezas.
As lágrimas e o sangue por nós trocados,
não passam agora de memórias, que, como tudo o resto
o tempo há-de curar.
Tuesday, October 5, 2010
Um lugar no mundo
Se ao menos pudesse fazer uma pausa
Entrar num comboio e seguir viagem
Para longe de ti
Ir para um sítio onde as saudades não tomam lugar
Onde as memórias são proibidas e onde os teus beijos não têm sabor
Se ao menos houvesse um lugar no mundo, um só!
em que o teu sorriso não me fizesse sorrir o coração,
em que os teus braços não fossem o melhor sítio para amar
um lugar, um apenas, onde fosse melhor estar.
E se nesse lugar não houvesse a dor de te amar,
se não houvesse a paixão doente e corrosiva,
se não houvesse sequer memória de ti.
Se não te pudesse continuar a odiar,
se a memória do teu toque fosse apenas evasiva
se a vontade de te ter fosse um passado distante
A dor no peito
O pensamento persistente que invade e perturba a minha mente
A ansia de te ver e a vontade de te ver sofrer
o duelo entre amar-te e matar-te
Queria desaparecer e queria que desaparecesses
Queira que sofresses como me fazes sofrer
Queria que me amasses como te amo
E queria um lugar no mundo onde não fosse assim... Um só!
Entrar num comboio e seguir viagem
Para longe de ti
Ir para um sítio onde as saudades não tomam lugar
Onde as memórias são proibidas e onde os teus beijos não têm sabor
Se ao menos houvesse um lugar no mundo, um só!
em que o teu sorriso não me fizesse sorrir o coração,
em que os teus braços não fossem o melhor sítio para amar
um lugar, um apenas, onde fosse melhor estar.
E se nesse lugar não houvesse a dor de te amar,
se não houvesse a paixão doente e corrosiva,
se não houvesse sequer memória de ti.
Se não te pudesse continuar a odiar,
se a memória do teu toque fosse apenas evasiva
se a vontade de te ter fosse um passado distante
A dor no peito
O pensamento persistente que invade e perturba a minha mente
A ansia de te ver e a vontade de te ver sofrer
o duelo entre amar-te e matar-te
Queria desaparecer e queria que desaparecesses
Queira que sofresses como me fazes sofrer
Queria que me amasses como te amo
E queria um lugar no mundo onde não fosse assim... Um só!
Wednesday, September 8, 2010
Crueldade
Ter e usar, por conforto. Usar e abusar, da dor, da compreensão, da tolerância, do amor.Serão essas as feridas que mais custam a sarar?
Sentir a humilhação da dignidade perdida a troco de nada?
A dor da frustação, da perda, da humilhação, e a distância fria e cruel que arrepia o corpo que envolve a alma rasgada e perdida...
Porquê que as pessoas têm gosto em fazerem as outras sofrer gratuitamente?
Questionar o porquê de terem esse poder, quando é algo universal, seria pergunta sem resposta. Mas porquê que gostam de o fazer?
Não há maior crueldade do que sabermos que alguém nos ama e magoarmos essa pessoa por puro egoísmo.
Sentir a humilhação da dignidade perdida a troco de nada?
A dor da frustação, da perda, da humilhação, e a distância fria e cruel que arrepia o corpo que envolve a alma rasgada e perdida...
Porquê que as pessoas têm gosto em fazerem as outras sofrer gratuitamente?
Questionar o porquê de terem esse poder, quando é algo universal, seria pergunta sem resposta. Mas porquê que gostam de o fazer?
Não há maior crueldade do que sabermos que alguém nos ama e magoarmos essa pessoa por puro egoísmo.
Saturday, July 17, 2010
Dores
Sinto-me triste... sinto o tempo passar por mim sem que algo mude para melhor.
Deve ser a vingança dos Deuses por me ter queixado de estabilidade. Cheguei a ter tudo, e tudo perdi. Perdi por livre vontade... E não consigo entender porquê. Talvez por achar que era demasiado cedo, e que queria mais emoções antes de saber para onde ir...Agora, anos depois, acontece o contrário…
Mas há coisas que não mudaram com o tempo. As tristezas assolapadas, a inquietude constante, a dificuldade em lidar com a incerteza e com a falta de controlo sobre as situações...
Há coisas dificeis de aprender, e algumas que, provavelmente nunca irei aceitar...
Há dores que me perseguem vida fora, e sem as quais não consigo viver muito tempo. São um vício, e talvez a única forma de me libertar seja mesmo não as proporcionar. Como fazer isso? Não sei.
Deve ser a vingança dos Deuses por me ter queixado de estabilidade. Cheguei a ter tudo, e tudo perdi. Perdi por livre vontade... E não consigo entender porquê. Talvez por achar que era demasiado cedo, e que queria mais emoções antes de saber para onde ir...Agora, anos depois, acontece o contrário…
Mas há coisas que não mudaram com o tempo. As tristezas assolapadas, a inquietude constante, a dificuldade em lidar com a incerteza e com a falta de controlo sobre as situações...
Há coisas dificeis de aprender, e algumas que, provavelmente nunca irei aceitar...
Há dores que me perseguem vida fora, e sem as quais não consigo viver muito tempo. São um vício, e talvez a única forma de me libertar seja mesmo não as proporcionar. Como fazer isso? Não sei.
Friday, June 25, 2010
Férias
Estou quase de férias...
Férias do trabalho, do alter-ego, do faz de conta.
Bem preciso, vulgarmente.
Não menos vulgar é a vontade de mudar, de ir de férias e não ter que voltar...
E de mim, quando tirarei férias?
Provavelmente só quando morrer....pode ser muito tempo.
Ainda bem que podemos sempre decidir quando queremos morrer. É reconfortante.
Férias do trabalho, do alter-ego, do faz de conta.
Bem preciso, vulgarmente.
Não menos vulgar é a vontade de mudar, de ir de férias e não ter que voltar...
E de mim, quando tirarei férias?
Provavelmente só quando morrer....pode ser muito tempo.
Ainda bem que podemos sempre decidir quando queremos morrer. É reconfortante.
Verão
Há muito que chegou o Verão, ou pelo menos que o frio se foi embora...
Só agora me apercebi de como, mais uma vez, tanto tempo passou.
Tanto tempo de bloqueio, de entropia...
De não querer escrever por achar que ninguém lê, ou que nem tenho nada para partilhar.
Os pensamentos parecem sempre banais, futéis, elementares...
Gostava de pensar em algo que achasse que nunca ninguém tinha pensado, mas a mesquinhez não o permite.
Só agora me apercebi de como, mais uma vez, tanto tempo passou.
Tanto tempo de bloqueio, de entropia...
De não querer escrever por achar que ninguém lê, ou que nem tenho nada para partilhar.
Os pensamentos parecem sempre banais, futéis, elementares...
Gostava de pensar em algo que achasse que nunca ninguém tinha pensado, mas a mesquinhez não o permite.
Subscribe to:
Posts (Atom)