É essa a dúvida que percorre o meu corpo
Corroi a minha mente
Invade toda a minha existência
E não me deixa dormir.
É esta a questão cuja resposta preciso.
Preciso de um não.
Na embriaguez do meu corpo
Espelho a minha alma.
No beco que representas,
Vejo o fosso que é a tua presença, a tua ausência, a tua existência.
Friday, March 11, 2011
Tuesday, March 8, 2011
O tempo
O tempo foge de nós.
Quando damos conta, passaram 10 anos, 20, 30... Os nossos sonhos perdem-se no caminho, e no fim da linha, já nem nos lembraremos de muitos, a não ser que estejam registados. Até porque os nossos sonhos também mudam. Moldam-se em função do tempo.
Não há nada que possamos fazer para evitar essa fatalidade. Pior, o tempo corre mais quanto melhor for passado...
O tempo não pode ser mudado. Felizmente, ainda é algo que não está ao alcance de nenhum ser humano. Pode ser programado, planeado, previsto, mas não mudado. Pelo menos aí há justiça e igualdade.
Uma hora é uma hora... nada mais matemático. Mas o tempo psicológico é muito mais. Há horas que parecem segundos, e horas que parecem dias...
Eu prefiro viver a vida num ápice. Olhar para trás e pensar que o tempo passou velozmente. E passou, de facto.
Estarão passados os anos mais cândidos, mais alegres e mais despreocupados? Espero que não... Vou continuar a procurar essa candura, a doçura dos dias amenos ao som de sorrisos e ternuras.
Quando damos conta, passaram 10 anos, 20, 30... Os nossos sonhos perdem-se no caminho, e no fim da linha, já nem nos lembraremos de muitos, a não ser que estejam registados. Até porque os nossos sonhos também mudam. Moldam-se em função do tempo.
Não há nada que possamos fazer para evitar essa fatalidade. Pior, o tempo corre mais quanto melhor for passado...
O tempo não pode ser mudado. Felizmente, ainda é algo que não está ao alcance de nenhum ser humano. Pode ser programado, planeado, previsto, mas não mudado. Pelo menos aí há justiça e igualdade.
Uma hora é uma hora... nada mais matemático. Mas o tempo psicológico é muito mais. Há horas que parecem segundos, e horas que parecem dias...
Eu prefiro viver a vida num ápice. Olhar para trás e pensar que o tempo passou velozmente. E passou, de facto.
Estarão passados os anos mais cândidos, mais alegres e mais despreocupados? Espero que não... Vou continuar a procurar essa candura, a doçura dos dias amenos ao som de sorrisos e ternuras.
Sunday, February 27, 2011
Novo capítulo
Finalmente acabou o pesadelo...
Não me apetece escrever nem falar sobre isso, pelo menos agora.
Quero apenas registar.
Não me apetece escrever nem falar sobre isso, pelo menos agora.
Quero apenas registar.
Monday, February 14, 2011
Silêncio
Procuro um lugar em silêncio.
Viro ao fundo da rua, e por entre as sombras dos morcegos a passar, fugindo dos candelabros, ouço passos. Sigo em frente, não olho para trás, e ouço um gato a fugir de mim. Ele foge, e eu?
Continuo, e a chuva começa a arrefecer-me o corpo. Fico fria, por fora e por dentro, e a pele arrepia-se para não deixar sair mais calor. Porquê? Não posso gelar?
Ando e ando, horas depois. Meses depois, cansada, deito-me nos bancos frios e molhados do jardim. Continua a chover. A chuva a cair lava-me as lágrimas e a alma. Ajuda-me a encontrar o silêncio gelado que procuro. O meu corpo gela finalmente, e a lua abraça-me num sonho.
Acordo, e o meu corpo já seco arrepia-se com os raios de sol. Os meus olhos, enxutos, estranham a luz, mas sorriem. Levanto-me, e continuo em busca de um lugar em silêncio...
Viro ao fundo da rua, e por entre as sombras dos morcegos a passar, fugindo dos candelabros, ouço passos. Sigo em frente, não olho para trás, e ouço um gato a fugir de mim. Ele foge, e eu?
Continuo, e a chuva começa a arrefecer-me o corpo. Fico fria, por fora e por dentro, e a pele arrepia-se para não deixar sair mais calor. Porquê? Não posso gelar?
Ando e ando, horas depois. Meses depois, cansada, deito-me nos bancos frios e molhados do jardim. Continua a chover. A chuva a cair lava-me as lágrimas e a alma. Ajuda-me a encontrar o silêncio gelado que procuro. O meu corpo gela finalmente, e a lua abraça-me num sonho.
Acordo, e o meu corpo já seco arrepia-se com os raios de sol. Os meus olhos, enxutos, estranham a luz, mas sorriem. Levanto-me, e continuo em busca de um lugar em silêncio...
Thursday, February 10, 2011
Noite
É na noite que te quero
É aí que me abraças
No seu silêncio me perco
A cada gesto que faças.
Adormeço a ouvir-te
Nos teus braços sou criança
É a ti que quero ali
Só a ti, sempre a ti.
Não adormeço,
A preciosidade não permite
O teu cheiro é insenso
Que o claro dia não admite.
É no dia que desvanece
A saudade fica, suave, e aquece.
É no dia que o frio vem
Acordo, e não vejo ninguém.
É aí que me abraças
No seu silêncio me perco
A cada gesto que faças.
Adormeço a ouvir-te
Nos teus braços sou criança
É a ti que quero ali
Só a ti, sempre a ti.
Não adormeço,
A preciosidade não permite
O teu cheiro é insenso
Que o claro dia não admite.
É no dia que desvanece
A saudade fica, suave, e aquece.
É no dia que o frio vem
Acordo, e não vejo ninguém.
Laivos
Laivos de prazer,
rasgos de desejo,
vício de sofrer.
Laivos de paixão,
desejos de te ter,
como só contigo as noites são.
Laivos viciantes,
marcas indeléveis,
vício de amar de dois amantes.
Laivos silenciosos
vontade sufocante
gritos lacrimosos
como uma lâmina, és acutilante.
rasgos de desejo,
vício de sofrer.
Laivos de paixão,
desejos de te ter,
como só contigo as noites são.
Laivos viciantes,
marcas indeléveis,
vício de amar de dois amantes.
Laivos silenciosos
vontade sufocante
gritos lacrimosos
como uma lâmina, és acutilante.
Amar é Pensar
Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distração animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.
Alberto Caeiro, in "O Pastor Amoroso"
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distração animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.
Alberto Caeiro, in "O Pastor Amoroso"
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