
Uma doce amiga escreveu algo assim:
"Há aqui muitas coisas bonitas, mas não há ninguém especial com quem partilhá-las..."
A mais bonita definição de amor e de amizade que alguma vez li...
Mudamos de roupa, de penteado, de emprego, de casa, de ideias…
Mudanças planeadas, mudanças inesperadas, mudanças imperceptíveis…
Principalmente aquela que de alguma forma julgo que me vai fazer crescer, aprender, experimentar emoções e sensações… quebrar a rotina, mudar de ares…
Ansiedade e formigueiro no estômago fazem parte das minhas reacções perante o desconhecido e, adoro!
Sinto muitas vezes necessidade de mudar, não suporto a rotina...
Gosto de pequenas rotinas… Do pequeno-almoço de sábado, do passeio de fim-de-semana junto ao mar…
Mas não gosto do excesso de estabilidade, dos portos seguros…
No entanto, dei por mim a perceber que algumas das mudanças que ocorrem são totalmente desprovidas de emoções e de sensações.
São mudanças subtis e lentas, não sendo, de todo, insignificantes…
Há dias, uma velha amiga perguntou-me se tinha ido assistir a um concerto de alguém que, em tempos, significou muito para mim. Não fui nem estava interessada.
Só então reflecti sobre isso. Algo que era parte de mim, que trazia memórias e recordações, passou a ser completamente insignificante. Deixou de fazer parte do meu mundo e eu nem tinha notado…
Foi efectivamente uma mudança, imperceptível, mas, certamente, com algum significado…