Porque sinto tanta raiva?
Raiva de quê? E de quem?
Porque não sou capaz de esquecer?
De aprender a lição e seguir viagem?
Como me deixei ludibriar? Enganar, manipular?
Se pudesse eliminar o último ano da minha vida, faria-o sem pensar duas vezes.
Como não posso, vou ter que descobrir uma forma de seguir em frente.
Monday, November 22, 2010
Sunday, November 14, 2010
Bridget Jones
Hoje senti-me tal e qual a Bridget Jones.
Não no final do filme, em que afinal o homem que ela ama é doido por ela e vai até à Tailândia para a tirar da prisão, mas cerca de meia hora antes, em que ele se sente envergonhado por ela, ela vai embora e ele não vai atrás.
Estranho é sentir-me exactamente na pele dela, ou seja, desenquadrada, desinteressante e incapaz de manter o homem que quero apaixonado por mim.
Curioso é que, nunca tinha visto o filme por não o julgar minimamente interessante, e hoje, precisamente hoje, entra-me via AXN, trazendo alguma reflexão à minha tarde depressiva.
Sim, no sofá a comer Lays e Petit Gatêau, enrolada numa manta, a ver as fotos fantásticas dos amigos divertidos e felizes no FBK, e a pensar que nunca vou ser feliz no amor. E não, nem sequer estou com o SPM.
No sofá, a pensar que nunca vou conseguir ter aquilo que finalmente quero, ou que finalmente admito querer: Uma família.
De repente sinto o tempo a bater à porta e a dizer que está na altura de apanhar o comboio, se é que quero seguir viagem.
E onde fica a linha do comboio? E em qual carruagem é suposto entrarmos? Naquela em que temos que seguir viagem ao lado de quem não queremos realmente, sob pena de ficarmos em terra? Ou esperamos pela carruagem em que temos a companhia ideal, mas que pode chegar definitivamente atrasada ao destino pretendido?
E se o lugar que queremos afinal está ocupado? Qual a melhor opção?
Se a vida fosse um filme, saberíamos que em algum momento, provavelmente perto do final, iríamos ter aquilo que queremos. Não sendo, como é suposto acabar?
Sinto-me uma pequena bridget, em que todos à minha volta são mais bonitos, mais elegantes, mais felizes.
Será que há um capítulo diferente?
Não no final do filme, em que afinal o homem que ela ama é doido por ela e vai até à Tailândia para a tirar da prisão, mas cerca de meia hora antes, em que ele se sente envergonhado por ela, ela vai embora e ele não vai atrás.
Estranho é sentir-me exactamente na pele dela, ou seja, desenquadrada, desinteressante e incapaz de manter o homem que quero apaixonado por mim.
Curioso é que, nunca tinha visto o filme por não o julgar minimamente interessante, e hoje, precisamente hoje, entra-me via AXN, trazendo alguma reflexão à minha tarde depressiva.
Sim, no sofá a comer Lays e Petit Gatêau, enrolada numa manta, a ver as fotos fantásticas dos amigos divertidos e felizes no FBK, e a pensar que nunca vou ser feliz no amor. E não, nem sequer estou com o SPM.
No sofá, a pensar que nunca vou conseguir ter aquilo que finalmente quero, ou que finalmente admito querer: Uma família.
De repente sinto o tempo a bater à porta e a dizer que está na altura de apanhar o comboio, se é que quero seguir viagem.
E onde fica a linha do comboio? E em qual carruagem é suposto entrarmos? Naquela em que temos que seguir viagem ao lado de quem não queremos realmente, sob pena de ficarmos em terra? Ou esperamos pela carruagem em que temos a companhia ideal, mas que pode chegar definitivamente atrasada ao destino pretendido?
E se o lugar que queremos afinal está ocupado? Qual a melhor opção?
Se a vida fosse um filme, saberíamos que em algum momento, provavelmente perto do final, iríamos ter aquilo que queremos. Não sendo, como é suposto acabar?
Sinto-me uma pequena bridget, em que todos à minha volta são mais bonitos, mais elegantes, mais felizes.
Será que há um capítulo diferente?
Friday, November 12, 2010
De vez em quando
De vez em quando
Sinto-te a sair
Abres a porta
e pé ante pé
vais embora...
Abro os olhos
E vejo que levas uma mala
fico contente
volto a fechar os olhos
e adormeço serenamente
Sinto-te a sair
Abres a porta
e pé ante pé
vais embora...
Abro os olhos
E vejo que levas uma mala
fico contente
volto a fechar os olhos
e adormeço serenamente
Friday, November 5, 2010
Partir
Às vezes é preciso tomar decisões difíceis.
Se pudesse escolher-te, não pensava duas vezes
Se pudesse ter-te, abraçar-te, sentir-te
Não pensava em partir
partir significa perder a possibilidade de ter tudo isso novamente
significa deixa-te ir
lavar todos os laços
encaixotar recordações
encaminhar-te para o passado
numa viagem sem retorno.
Sinto-te a falta
Quero-te perdidamente
E vou na direcção oposta
Se pudesse escolher-te, não pensava duas vezes
Se pudesse ter-te, abraçar-te, sentir-te
Não pensava em partir
partir significa perder a possibilidade de ter tudo isso novamente
significa deixa-te ir
lavar todos os laços
encaixotar recordações
encaminhar-te para o passado
numa viagem sem retorno.
Sinto-te a falta
Quero-te perdidamente
E vou na direcção oposta
Tuesday, November 2, 2010
Sai
Quando tudo está sereno
Insistes em voltar
Não podes deixar-me para sempre?
Porque não fazes como o teu corpo e a tua voz?
Porque não escolhes um lugar diferente?
Mais uma vez acordo e penso
O que fazes aqui?!
Não te pedi já para saires?
Porque não levas as memórias
As imagens, os perfumes
Os sítios por onde andamos?
Porque insistes em trazer as recordações
Em invadir o meu corpo, a minha alma,
o meu pensamento,
Da próxima vez que apareceres sem avisar,
Não te esqueças de não voltar
E de tudo levar.
Insistes em voltar
Não podes deixar-me para sempre?
Porque não fazes como o teu corpo e a tua voz?
Porque não escolhes um lugar diferente?
Mais uma vez acordo e penso
O que fazes aqui?!
Não te pedi já para saires?
Porque não levas as memórias
As imagens, os perfumes
Os sítios por onde andamos?
Porque insistes em trazer as recordações
Em invadir o meu corpo, a minha alma,
o meu pensamento,
Da próxima vez que apareceres sem avisar,
Não te esqueças de não voltar
E de tudo levar.
Monday, November 1, 2010
A vida passa
A vida passa
De nada vimos
Para nada vamos
O que levamos?
Porque sofremos?
Porque tememos?
De passagem,
muito ou pouco viver
A mim cabe decidir.
Só eu posso decidir.
O rir e o chorar
O viver e o sentir
Porquê adiar?
Porque não arriscar?
Alguma boa razão?
Não consigo encontrar...
De nada vimos
Para nada vamos
O que levamos?
Porque sofremos?
Porque tememos?
De passagem,
muito ou pouco viver
A mim cabe decidir.
Só eu posso decidir.
O rir e o chorar
O viver e o sentir
Porquê adiar?
Porque não arriscar?
Alguma boa razão?
Não consigo encontrar...
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