Hoje senti-me tal e qual a Bridget Jones.
Não no final do filme, em que afinal o homem que ela ama é doido por ela e vai até à Tailândia para a tirar da prisão, mas cerca de meia hora antes, em que ele se sente envergonhado por ela, ela vai embora e ele não vai atrás.
Estranho é sentir-me exactamente na pele dela, ou seja, desenquadrada, desinteressante e incapaz de manter o homem que quero apaixonado por mim.
Curioso é que, nunca tinha visto o filme por não o julgar minimamente interessante, e hoje, precisamente hoje, entra-me via AXN, trazendo alguma reflexão à minha tarde depressiva.
Sim, no sofá a comer Lays e Petit Gatêau, enrolada numa manta, a ver as fotos fantásticas dos amigos divertidos e felizes no FBK, e a pensar que nunca vou ser feliz no amor. E não, nem sequer estou com o SPM.
No sofá, a pensar que nunca vou conseguir ter aquilo que finalmente quero, ou que finalmente admito querer: Uma família.
De repente sinto o tempo a bater à porta e a dizer que está na altura de apanhar o comboio, se é que quero seguir viagem.
E onde fica a linha do comboio? E em qual carruagem é suposto entrarmos? Naquela em que temos que seguir viagem ao lado de quem não queremos realmente, sob pena de ficarmos em terra? Ou esperamos pela carruagem em que temos a companhia ideal, mas que pode chegar definitivamente atrasada ao destino pretendido?
E se o lugar que queremos afinal está ocupado? Qual a melhor opção?
Se a vida fosse um filme, saberíamos que em algum momento, provavelmente perto do final, iríamos ter aquilo que queremos. Não sendo, como é suposto acabar?
Sinto-me uma pequena bridget, em que todos à minha volta são mais bonitos, mais elegantes, mais felizes.
Será que há um capítulo diferente?
No comments:
Post a Comment