Parece que toda a gente acha bem termos uma vida social, sim, porque somos seres sociais e a sociedade faz-nos falta. Mas mesmo que tentemos, não iremos conseguir deixar de ter vida social. Não podemos viver numa caverna.
Mas que raio de vida social é esta, das noites nos bares, com música berrante, fumo intoxicante, vestidos reluzentes e ninguém a falar com ninguém? E ficamos mais um pouco, porque ainda é cedo para ir para casa. É cedo para acabar com uma coisa que não dá prazer nenhum, e com a qual não ganhamos nada. Não percebo. E fico mais um pouco e tento perceber a motivação de quem me pede para ficar mais um pouco. Olho à volta, e toda a gente olha à volta. Depois cruzam-se uns olhares, de pessoas que nunca vou querer conhecer, pois não gosto de pessoas que se vestem daquela forma. Não sei como sei, talvez por associação a outras pessoas que tive de conhecer, e que se vestiam daquela forma.
Penso no que gostaria realmente de estar a fazer. Várias coisas, mas essencialmente a dormir. É tarde, tenho sono, frio, e detesto o cheiro a cigarro. Podia estar a dormir.
Espero mais um pouco e olho para o copo da bebida que já terminei. Não quero outra, porque quero estar preparada para ir embora, e pedir outra bebida iria comprometer-me em mais meia hora, pelo menos.
Olho à volta, e penso nas reais motivações para estar ali. As pessoas dizem que só saindo conhecermos pessoas novas. E parece que quero conhecer pessoas novas. Na realidade não quero, até porque não aprecio assim tanto as pessoas no geral. Quero conhecer alguém, como a maioria das pessoas que ali está. Aquela pessoa em particular com quem vamos querer partilhar a vida. E como é que isso se faz? Ao que parece é saindo… Pois, em casa, só se for o homem das pizzas.
1 comment:
Nem sempre querida amiga.
Eu não te conheci na noite.
E grande parte dos meus amigos não os conheci na noite, posso ter aprofundado as amizades indo para a noite com eles.
Durante "a noite" poucas pessoas são realmente sinceras, os bares as discos são zonas "PUB" com todo o bem e todo o mal que a "PUB" tem
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