Hoje acordei com um filme rodado na Toscana, e apercebi-me que nunca escrevi sobre a minha viagem a Itália.
Ao rever aqueles cenários, exactamente os que visitei, lembrei-me de uma série de sensações e emoções que por lá experimentei...
Curiosamente, o filme também era sobre uma mulher que tinha decidido ir para Itália sozinha. O que terá Itália que tanto atrai as mulheres? Talvez o romantismo, entranhado na arte, na arquitetura, na lingua e nos vinhos...
Tanto no filme como na minha viagem, a Toscana parece a a terra dos sonhos... emana tranquilidade, alegria e entusiasmo.
De repente fiquei com saudades. Apetecia-me meter num avião e ir lá jantar, e voltar a ficar horas na conversa com um italiano desconhecido, que tinha casado com um francesa, e trocado a ostentação parisiense por uma vespa ( que tanto gosto de vespas...), e que por isso eu era linda, a beber chardonnay ao som dos acordeões e ao cheiro dos queijos e pastas... com o Arno a decorar a paisagem.
Ao ir a sós para um país estranho, senti que tinha tirado férias de mim própria, talvez porque lá não era eu, não era ninguém... E talvez porque eu sou também o conjunto das coisas que me rodeia. Da minha família, dos meus amigos, dos sítios que frequento, dos meus hábitos. Sou também a imagem que os outros têm de mim, e lá, ninguém tinha imagem nenhuma... Lá, eu colhia as imagens que queria, as memórias, os pensamentos, e era apenas isso. E é tão bom ser apenas isso de quando em vez...
Hei-de lá voltar, em breve...
No comments:
Post a Comment