É bom ver que, após todo este tempo, ainda alguém lê este espaço...
Apesar da distância, das mudanças, da vida em si, há alguém que se lembra de mim...
O que seriamos nós se não fossemos recordação para ninguém?
Uma verdadeira poeira no ar, que flutua e cai.
Assim me sinto.
Sinto-me transportada para uma dimensão diferente, onde nada faz sentido, onde não conheço os caminhos nem o chão que piso.
Sinto que a não reflexão prolongada pode ter consequências ferozes...
Pode ferir, matar.
No silêncio, no vazio, tento encontrar uma estrada.
Cor de sanguinea, o coração bate, perdido.
Procura a verdade absoluta, sente um medo mordaz.
A insanidade reina
a sede de sentir impede a normalidade.
Normalidade mortal, que neutraliza os sentimentos imortais.
Não vou deixar. Vou sentir.
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